segunda-feira, 12 de maio de 2014

Dodoi de novo!

O Gabriel nasceu e nós fomos apresenteados a U.T.I neonatal. Nunca havia entrado em uma e jamais imaginei que iria conhecer justamente no dia do nascimento do meu filho. Quando eu fui conhecer o Gabriel (após o nascimento nos vimos nove horas depois), eu chorei fazendo carinho na incubadora, chorei por instantes até uma enfermeira nos chamar de canto e dizer que dentro da U.T.I e perto do nosso filho não chorar e sim sorrir. Pode parecer complicado mas o bebê absorve o que você sente e chorar de tristeza não ia fazer nada bem para ele, não chorei nunca mais perto dele. Porém nunca tive tempo de viver a dor e a tristeza em relação aquela situação toda. No dia dezoito de agosto de 2012, exatos 15 dias após o seu nascimento, um sabádo ensolarado, viemos enfim para nossa casa. Como mãe de primeira viagem, tudo parecia dificil demais mas ao mesmo tempo meu instinto me guiava. 


Primeira vez que nos vimos após o nascimento.


Após sete meses juntos, voltei ao trabalho e o Gabriel foi para a escola. A vaga dele na escola demorou um mês mais o menos para sair, após uma semana de aula fomos parar na emergência do hospital, o Gabriel pela primeira vez após a saida da U.T.I precisou tomar remédio (antibiotico). Eu me senti uma péssima mãe, conseguimos cuidar dele com a ajuda da minha avó. Uma semana após o término do remédio, estavamos novamente na emergência do hospital, o Gabriel estava com uma tosse chata e nariz escorrendo. A médica de plantão receitou xarope para tosse e antitérmico caso tivesse febre. Nessa mesma semana voltei ao hospital mais três vezes, nesta terceira e ultima vez finalmente alguém solicitou exames, raio-x, urina e sangue (esse porque insisti muito, pois ele não estava comendo). Ela ja havia dado alta mesmo sem os exames, porém eu havia pedido para dar soro na veia dele, estavamos apenas esperando acabar. A mesma médica que nos deu alta, voltou desesperada cancelando a mesma e nos informando que o Gabriel estava com uma forte infecção e pneumonia. Resumindo foram 11 dias no hospital, dentro deles, 9 com oxigenação constante, 5 tomando o Tamiflu (ele contraiu gripe suina). Faziam dois meses que havia voltado de licença maternidade, não havia a possibilidade de ficar os onze dias ao lado do meu pequeno bebezinho de oito meses. 

Internado aos oito meses!


Após a alta do hospital, o Gabriel ficava doente a cada vez que era liberado a volta a escola. Ficava um mês em casa e uma semana na escola, já estava doente e no antibiotico. Após a solicitação do pediatra, o Gabriel ficou em casa 6 semanas e mais as férias do meio do ano. Dois meses e meio em casa e enfim o Gabriel conseguiu se manter uns 4 meses sem precisar de antibiotico. O maximo qua acontecia era o nariz escorrer um pouquinho. Em dezembro de 2013, o Gabriel teve roseola e garganta inflamada. Entrou novamente em férias e no final de janeiro as aulas voltaram. O Gabriel mais uma vez doente. De lá para cá o Gabriel já ficou doente umas cinco ou seis vezes, um periodo de 3 meses. Cada dia que passa fica mais e mais frequente. Nós já tentamos varias formas de melhorar toda essa situação. O pediatra do Gabriel sempre foi o Dr. Carlos, particular e eu confio demais na palavra dele, mas os gastos com consulta mais os medicamentos estava inviavel. Mudamos para o Dr. Fernando, o remédio homeopático para nós não fez o efeito esperado, tratamento é lento. 

Inalação quase sempre...

No hospital, com febre!

Enfim, chegamos ao Dr. Paulo que cuidou de mim e da minha irmã, o unico que conseguiu enfim 'curar' a minha irmã e livrar a vida dela de tanto antibiotico. Nossa primeira consulta com ele o Gabriel estava tomando o antibiotico pois estava com a garganta inflamada, com diagnostico de refluxo leve e ferro abaixo do normal. A imunidade do Gabriel é baixa e assim ele esta sempre vulneravel. Nossa primeira consulta com o Dr. Paulo foi no dia 29 de abril, o antibiotico terminou no dia 6 de maio. Hoje fomos ao consultório sem marcar, sem nada, correndo, pois o Gabriel esta com uma tosse horrivel, nariz escorrendo, cansado, forçando a respiração e sem apetite. O diagnostico hoje foi bronquite, faringite e gripe. Nós fizemos alguns exames esse final de semana, para ver se ele tem algum tipo de alergia especifica. Nós deveriamos dar para o Gabriel a vacina da gripe mas não podemos, ele deve estar 100%. Estou com ele em casa de molho por três dias, temos que fazer inalação varias vezes ao dia, temos que tomar cuidado para não piorar toda a situãção. Vamos fazer um tratamento por seis meses para aumentar a imunidade do Gabriel, um remédio carérrimo. 



A minha cabeça, a cada vez que ele fica doente, fica uma loucura! Cada vez que paro para pensar o quanto a saude fragil dele o faz sofrer, deixa ele sem dormir, deixa ele sem apetite, irritado. Essa quantidade gigantesca de remédios que ele toma. A escola é um fator que contribui quase que totalmente para toda a situação. As vezes me pego pensando o quão culpada sou. Me pego pensando no que afinal devo fazer... Morro de medo do Gabriel morrer, não vou negar que cada vez que ele fica doente e faz força para respirar eu me lembro dos dias lá na U.T.I, dele entubado e forçando a respiração. Cada dia que passa vou buscando forças nem sei mais onde, o medo é quase constante e vai ficando cada vez mais dificil não se entregar ao sofrer. Nós temos que ser forte na frente do nosso filho mas as vezes é quase impossivel. Ta foda, ta dificil, ta de enlouquecer...mas vou levando como posso...




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