domingo, 6 de setembro de 2015

Sobre a insônia que deu trégua...

Durante a gravidez do Joaquim, em suas 32 semanas, eu dormi muito pouco. Foram noites e mais noites pela metade, foram dias cansada. A maior parte dessas noites, eu acordava de um pesadelo onde caia em uma cesárea, onde eu morria, onde eu e o Joaquim éramos maltratados, o Joaquim ia pra UTI, enfim... Muitas coisas na minha cabeça. O fato de saber que meu parto estava jogado a sorte me deixava muito apavorada e eu sofri muito, chorei muito. Sem o Bruno no Brasil parecia que era pior ainda, porque ninguém que eu conheço conseguia entender a dor que eu sentia. Mas existem momentos que são decisivos na nossa vida e então eu resolvi encarar tudo isso e ir atrás desse sonho. O Joaquim vai ter um nascimento digno e respeitoso, eu e o Bruno enfim vamos viver essa experiência. Depois que bati o martelo e resolvi abraçar tudo isso e o Bruno super entrou nessa comigo, tudo ficou maravilhoso. O Bruno enfim chegou dos EUA e nós fomos em uma roda de gestante, que foi incrível, como é bom conversar com quem sabe do assunto. A minha insônia foi embora e deu lugar a noites mais tranquilas e a dias mais animados e esperançosos. Tenho ciência que nem todos tem a mesma sorte de poder encarar tudo isso mas estou fazendo todos os esforços possíveis para tudo ser como um dia sonhei. Aqui já deixo gratidão à todos que estão de alguma forma ajudando, mesmo que seja só torcendo para tudo dar certo. Hoje me sinto tranquila e a espera do meu amor, Joaquim. 
Nós enfim marcamos uma consulta com uma obstetriz e estou animada para chegar logo, tenho algumas dúvidas e quero logo saber como é uma consulta com quem acredita no meu corpo e em mim. É incrível como meu empoderamento estava enfraquecido, como a cada consulta com o GO fofinho do convênio conseguia me amedrontar, mesmo ele "sendo a favor"do parto normal. Tentei encontrar algum outro médico do convênio que fosse a favor de verdade do parto normal. Encontrei um louco que me disse coisas horríveis, uma delas seria que eu mataria meu bebê e que meu útero explodiria. Não discuti, só concordei e fugi. Fora as palpiteiras de plantão que enfraquecem tudo, conseguem te deixar com caraminholas na cabeça, é muito difícil se manter firme. Depois que o Bruno chegou, me sinto muito mais confiante, tenho alguém pra conversar e que me ouve e o melhor consegue compreender exatamente o que eu sinto, afinal ele também sente o mesmo. Todas as vezes que pensava no Joaquim nascendo, pensava só em coisas horríveis que nós passaríamos com um plantonista ou em um SUS. E hoje só consigo pensar que vai ser muito lindo e mal posso esperar para o nosso encontro enfim acontecer. Vem Joaquim <3

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