sábado, 19 de dezembro de 2015

Amamentação e alguns ajustes

Eu sempre acreditei que a amamentação era possível. Com o Gabriel, mesmo que por um mês, amamentei, mas foi muito difícil. O bico pequeno, mama grande, bebê que tomava formula e eu amamentava, era uma guerra por confusão de bicos (mas eu não sabia!), enfim... O suporte e orientação para amamentar foram quase nulos. 
Quando engravidei do Joaquim me prometi que me esforçaria o máximo para conseguir amamentar pelo menos os seis meses exclusivos já que isso a minha licença maternidade permite. Mas de qualquer forma aguardei o bebê nascer. Pesquisei informações sobre a amamentação e me preparei da forma que pude, com os itens que acreditei ser totalmente necessário, por exemplo: bombinha elétrica da Medela (a mesma que usei no hospital com o Gabriel e aluguei por um mês para ficar em casa), almofada de amamentação, pomada de lanolina para os bicos do seio, absorvente de seio (o Bruno trouxe muitos absorventes dos EUA e eu também pedi no chá de bebê e ganhei uns quatro pacotes) e estava pronta para amamentar. 

Mamando na primeira hora de vida!
                                 
O Joaquim mamou na primeira hora de vida. Mamou deitado na cama e ficou por um bom tempo lá. Eu sabia que ele deveria mamar e estimular a mama e o leite iria descer. Eu nunca tive problemas com ele chorar de fome ou chorar por não conseguir mamar. Ele nasceu sabendo, tinha a pega perfeita e foi tão tranquilo no primeiro dia. Usei todo meu aparato, a almofada foi um item ótimo e que super ajudou. Porém no dia seguinte o leite começou de fato a descer e a coisa começou a pegar. Mamilos super mega sensíveis e um bebê plugado quase o dia inteiro. No segundo dia foi terrível e se existe a hora da covardia no parto (a hora que a gente quer desistir e pede anestesia ou cesárea), também existe a hora da covardia na amamentação, o leite desceu para valer e estava extremamente dolorido e o bico estava com fissura e os hormônios muito loucos e eu quis desistir, queria comprar uma lata de leite em pó e era isso.
O suporte e apoio para amamentar foram importantíssimos para que eu continuasse a amamentar. É super necessário uma rede de apoio para conseguir seguir e não digo só para incentivar a amamentar mas para fazer todo o resto (cozinhar, lavar roupa, organizar a casa, cuidar do mais velho) e também para ajudar também na amamentação em si. Meu leite começou a querer empedrar, o bebê era pequeno demais e não dava conta de tanto leite. A bombinha elétrica machucava mais o meu bico do seio que já estavam super sensíveis. Fiquei desesperada e chorava cada vez que o Joaquim acordava para mamar (quase toda hora). Tive uma mega ajuda e suporte da minha doula e das parteiras, elas me ajudavam conversando, tirando duvidas e me indicaram o GVA, um grupo do facebook e que tem um blog também e que super ajuda nesse processo. A Raquel, minha doula, veio aqui em casa nesse segundo dia que foi o mais critico de todo o processo. Ela ajudou com a mama que estava muito cheia, me ensinou a massagear e fazer a ordenha manual mesmo, para aliviar a mama tão cheia já que o bebê não mamava o suficiente para que ela esvaziasse. Me ensinou a fazer compressas com uma fraldinha de pano (do tipo Cremer) em temperatura ambiente. A fazer um shake com a mama, que era segurar o seio e chacoalhar a mama e após isso massagear e enfim ordenhar, isso me ajudou demais. As meninas me mandaram também imagens de quais eram as melhores posições para amamentar e como minha mama é muito grande, foi importante conhecer posições diferentes que pudessem me ajudar.
Após a primeira semana de amamentação e a segunda consulta com o pediatra, uma semana após a primeira, ele estava com dez dias e já havia engordado 600g, fiquei muito feliz de ver que meu esforço estava valendo total a pena, o bebê ganhando peso, isso era maravilhoso. Ver que além de conseguir parir, conseguia alimentar o meu bebê apenas com meu leite me deu força e mais vontade de continuar.
Os meus seios ficaram "calejados" com vinte dias mais o menos e ai ficou muito melhor amamentar. Já tive mais coragem de sair de casa por exemplo. No começo como o bico fica muito sensível, eu morria de dor quando ele iniciava a amamentação, tinha que respirar fundo, batia o pé no chão e era dolorido demais. Mas o tempo é muito bom e tudo passou. Depois que o seio se acostumou com as mamadas tudo ficou mais tranquilo.
Hoje o Joaquim está com um mês e onze dias de amamentação exclusiva e já esta ficando com as perninhas gordinhas, mama muito rápido e está saudável. Não há como explicar a minha alegria por ter persistido, afinal hoje estou apenas colhendo frutos do meu esforço para seguir com a amamentação. As vezes fico um pouco estressada pois me sinto presa em casa por amamentar mas estou aprendendo a lidar com a situação e a levar o bebê comigo. Também tive dificuldade e ainda estou tendo com roupas e sutiãs para amamentar. Parece que não existem muitas variações para nós e também a mãe é totalmente infantilizada, tudo tem um tom lilás ou de coraçãozinho, um bichinho, tudo bem infantilizado. Tenho penado um pouco mas aos poucos estou conseguindo encontrar roupas e afins...
Agradeço a todos a minha volta pelo incentivo e suporte para que fosse possível isso acontecer. E seguimos firme e forte rumo ao seis meses de amamentação exclusiva!

Como me sinto sobre amamentar...


Beijos :)


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