domingo, 10 de abril de 2016

Primeira noite sem dormir e os limites!

Estou muito angustiada com a aproximação da minha volta ao trabalho e isso não é novidade para ninguém e acabo por me cobrar muito!
Existe em mim um medo do que estar por vir, principalmente por amamentar o Joaquim e já falei sobre esse assunto por aqui. Comecei o processo de introdução alimentar, ainda que com muita reluta e dor no coração por não estar respeitando nem mesmo os seis meses exclusivos. Mas ainda assim me lembro de como foi tranquilo com o Gabriel e acreditei que seria com o Joaquim também. O maior engano de uma mãe de dois é a comparação, cada um é único e temos que respeitar isso. 
Nas ultimas duas semanas comecei a dar fruta como lanche da manhã, entre as mamadas. No caso, banana. De inicio dei uma rodela média e o Joaquim mal abriu a boca mas ainda assim sentiu o gosto novo. Essa semana aumentei para meia banana e acrescentava um pouco de leite materno para que ele aceitasse um pouco melhor, não sei se ajudou mas ele adorou e comeu. Achei que o apetite dele estava aumentando e dei uma banana pequena mas inteira, amassada e ele comeu tudo. Pediu peito e eu dei. Três horas depois ele comeu duas colheres de sopa de papinha salgada, batata, cenoura e beterraba, tudo amassado e com um pouco de leite materno também, ele comeu tudo! 
Fiquei animada com todo aquele apetite e comemorei, parecia que ele estava curtindo a comida. O dia passou e estava tudo muito bem, a noite chegou e fomos colocar ele para dormir e ele não parava de se mexer, pensei que pudesse ser um salto de desenvolvimento, afinal ele esta aprendendo tantas coisas novas. Mas foi passando o tempo e ele começou a se irritar e chorar. Choro sofrido. Se contorcia todo! 
Chegamos as três e meia da manhã no modo zumbi e sem saber o que fazer, em pesquisas pela internet chegamos a conclusão que era dor de barriga! O Joaquim comeu muito e o estomago dele não estava preparado para trabalhar tanto, por esse motivo ele estava com gases e foi ai que me senti uma mãe de merda. 
Sofri na madrugada inteira com o bebê com dor, fiquei um zumbi e tanto eu quanto o Bruno fomos revezando o colo de pé e balançando e esfregando barriga com barriga. O dia foi clareando e tudo foi piorando mais. Não medicamos porque não tinha remédio para cólica, nosso bebê nunca teve problemas com cólicas. Resolvi dar um banho morno e deixar a água escorrer pela barriguinha e ajudar o Joaquim a relaxar, ajudou e ele soltou um pum e chorou muito. Que dó! 
Quando foi as sete e meia da manhã, minha avó conseguiu um remédio com a nossa vizinha e medicamos o Joaquim e a minha avó conseguiu fazer ele dormir por duas horas! Eu dormi e logo depois acordei para amamentar mas mesmo assim o Joaquim continuava irritado. Pela primeira vez ele ficou a noite inteira sem dormir e teve sua primeira dor de barriga. Ele ficou exausto! 
Finalmente a uma hora da tarde ele conseguiu fazer cocô e deu uma boa melhorada. Fomos almoçar na minha mãe e minha irmã conseguiu fazer ele dormir um pouco. Nós demos umas colheradas de chá de camomila e erva cidreira para ajudar ele a relaxar um pouco e assim ele fez mais um cocô e finalmente ele voltou a ficar bem e mais tranquilo. O que foi um alivio para todos nós, já que ver o bebê sofrer dói demais!
Me senti uma mãe e pessoa péssima, afinal não estava respeitando o meu filho. Fazem dois dias que não dou fruta, nem sopa, só peito de novo. A minha angústia continua, não sei o que fazer e como fazer. Desmamar ou não. Ele é tão pequeno, só cinco meses e daqui um mês eu volto ao trabalho. Queria tanto que ele se acostumasse a comer no período que eu estiver fora de casa, para não ter que entrar com a fórmula. Queria amamentar ele por mais um tempo e permitir que ele tivesse a escolha do desmame. Mas ao mesmo tempo me esgota essa dedicação total e exclusiva. Quero ter mais liberdade mas ao mesmo tempo queria curtir mais com ele, queria não ter que voltar ao trabalho só para continuar a amamentar e poder fazer a introdução alimentar de forma respeitosa. É tão complicada essa situação. 
Desse episódio da madrugada, tiro a lição de aprender a respeitar o tempo. De respeitar meu bebê. De  ter cuidado com as novidades e apresenta-las aos poucos. Sem afobação! 

Beijos 

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