quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Desculpe o transtorno, preciso falar sobre festa de aniversário

Sempre fui a favor de festa em aniversário, amo comemorar o meu aniversários e acho bizarro quem não o faz. Acredito ser a comemoração de um ciclo que se inicia e nada mais delicia do que comemorar, certo? Acontece que após o nascimento dos meus filhos, sempre estamos no dilema de fazer ou não uma festa grande. Como mãe de segunda viagem nós vamos aprendendo e foram essas experiencias que me fizeram chegar nesse texto. 
Quando o Gabriel era um bebê prestes a completa um ano, nós já estávamos com a data, o tema e todo arranjo pronto para a festa. Eu fiz questão de fazer uma festa bem legal e que por mais que a minha volta as pessoas falavam que talvez não fosse necessária, afinal, o bebê mal entende. É uma realidade, o bebê não entende, o Gabriel dormiu durante a festa e depois acordou meio confuso.
De qualquer formar, são quatro anos que nós fazemos festa para o Gabriel. Todas foram realizadas na garagem da avó e a maior parte da decoração feita por nós. Festas home made mesmo mas que não deixam de dar bastante gastos. 
Quando começamos a refletir se valeria a pena fazer uma festa de aniversário de um ano para o Joaquim, muitos questionamentos vieram para mim. Afinal, a primeira festa que fiz para ele foi o chá de bebê e nem todo mundo que convidei foi e muito menos justificou a ausência. Obvio que fiquei chateada mas no fim cheguei a conclusão que ali estava quem se importava de fato e não poderia perder meu tempo pensando em quem não teve disposição para comparecer. 
Voltando as festas passadas do Gabriel, isso foi algo que sempre me incomodou. A vontade de se fazer presente. Muitas das pessoas que nós convidamos para festa, não eram presentes na nossa vida e muito menos na do Gabriel, por exemplo. Gente que não conhece seus gostos, personalidade, brincadeiras e muita gente que ia apenas para dar uma passadinha e logo ia para um outro compromisso. E isso não muda quando o assunto é o Joaquim. A impressão que tenho é quanto mais filhos menos pessoas próximas e presentes!
Como eu sempre falo para meu marido, nós somos novos, os únicos dos nossos amigos que tem filhos e casados. Quase ninguém perde o rolê do final de semana para ir lá em casa passar um tempo com a gente, poucos entendem que nós temos alguns horários rotineiros e também que nossos filhos são pequenos e não tem paciência para ir a um local que não foi feito para a idade deles. 
É compreensível certas coisas mas ao mesmo tempo preciso que ao meu redor o mundo compreenda que não é justo então eu incluir na festa de comemoração da vida do meu filho quem não está nem aí para ele. Muita gente se sente ofendida por não ser chamada para a festa e não viu a criança no ultimo ano! Esse não é um texto para ofender ninguém mas só uma forma de reflexão sobre valer ou não a pena realizar uma festa para meu bebê e sobre todo o contexto que a festa envolve. 
Um gasto com uma festa ou brinquedos legais, roupas novas, passeio com a nossa família. O Gabriel entende o que é uma festa de aniversário e logo após o término da festa desse ano, ele já estava dizendo o tema da próxima. 
Mas o Joaquim mal entende o que isso significa e nós vamos comemorar do nosso jeito, só a família, só quem está no dia a dia dele, de uma forma simples mas com bastante amor envolvido. E ele também sente bastante medo quando tem muitas pessoas em volta, aglomerações, gente pegando ele, fica bem assustado na maioria das vezes!
E nós não vamos deixar de comemorar mas colocaremos em prática algo que a tempos nós desejamos e não realizamos. Poucos porém o necessário nesse momento! E isso não quer dizer que nós não vamos fazer nunca uma festa para ele mas essa em especial, nós dispensamos.

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